Antes de iniciar a publicação das traduções, gostaria de explanar como procedo quando traduzindo e as dificuldades encontradas em alguns dos textos.
Eu procuro não verter as letras ad uerbum, ou seja, procuro não fazer uma tradução ao pé-da-letra, demasiadamente literal. Minha preocupação é transportar as imagens e a musicalidade dos textos, de uma língua para outra. Ora, penso que aas partes podem ser sacrificadas em prol do todo, id est, as palavras e os sons podem ser sacrificados em favor do significado e do ritmo. Certamente essa é uma tarefa um tanto complicada, seja pela dificuldade dos textos, seja pela incapacidade deste tradutor; mas devo dizer que este é o meu “primeiro princípio da tradução”, o qual está sempre em mente enquanto trabalho.
Sobre os textos: a maior dificuldade em traduzir certas letras a partir do norueguês consiste nas passagens dialetais e arcaicas encontradas em algumas delas.
Há dois idiomas oficiais na Noruega: Bokmål e Nynorsk. O Bokmål é a variação mais difundida e comumente ensinada no estrangeiro, mas sua situação lembra muito o caso do Hochdeutsch na Alemanha: é a língua oficial e muito usada na imprensa, mas as pessoas em geral costumam usar, no dia-a-dia, seus respectivos dialetos regionais. Obviamente, esses fatores colocam algumas barreiras na vida de um falante não nativo, bem como no trabalho de um tradutor não proficiente, no momento em que eles se deparam com estas variações.
(O estabelecimento da língua norueguesa tem uma história bastante interessante. Caso queira saber mais, procure na Wikipédia em inglês).
Abaixo, alguns exemplos de passagens cujas palavras, estruturas ou escrita são dialetais ou arcaicas:
Darkthrone – Ravnajuv:
I dype juvet, ein stad i Noregs land (original, em sua forma dialetal).
I dype juvet, en stad i Norges land (Bokmål).
Ulver – Capitel IV: Een Stemme Locker:
«Eg forstaar ikkje – eg er saa rar...
Eu procuro não verter as letras ad uerbum, ou seja, procuro não fazer uma tradução ao pé-da-letra, demasiadamente literal. Minha preocupação é transportar as imagens e a musicalidade dos textos, de uma língua para outra. Ora, penso que aas partes podem ser sacrificadas em prol do todo, id est, as palavras e os sons podem ser sacrificados em favor do significado e do ritmo. Certamente essa é uma tarefa um tanto complicada, seja pela dificuldade dos textos, seja pela incapacidade deste tradutor; mas devo dizer que este é o meu “primeiro princípio da tradução”, o qual está sempre em mente enquanto trabalho.
Sobre os textos: a maior dificuldade em traduzir certas letras a partir do norueguês consiste nas passagens dialetais e arcaicas encontradas em algumas delas.
Há dois idiomas oficiais na Noruega: Bokmål e Nynorsk. O Bokmål é a variação mais difundida e comumente ensinada no estrangeiro, mas sua situação lembra muito o caso do Hochdeutsch na Alemanha: é a língua oficial e muito usada na imprensa, mas as pessoas em geral costumam usar, no dia-a-dia, seus respectivos dialetos regionais. Obviamente, esses fatores colocam algumas barreiras na vida de um falante não nativo, bem como no trabalho de um tradutor não proficiente, no momento em que eles se deparam com estas variações.
(O estabelecimento da língua norueguesa tem uma história bastante interessante. Caso queira saber mais, procure na Wikipédia em inglês).
Abaixo, alguns exemplos de passagens cujas palavras, estruturas ou escrita são dialetais ou arcaicas:
Darkthrone – Ravnajuv:
I dype juvet, ein stad i Noregs land (original, em sua forma dialetal).
I dype juvet, en stad i Norges land (Bokmål).
Ulver – Capitel IV: Een Stemme Locker:
«Eg forstaar ikkje – eg er saa rar...
... Si maa eg – maa eg?» (original, em sua forma dialetal)
«Jeg forstår ikke – jeg er så rar...
... Si må jeg – må jeg?» (Bokmål)
Ulver – Wolf & Fear:
Skyggen aff een ukiend Mackt
Der dend hylede mod sin Gud i infernaldsk Prackt (original, em dinamarquês arcaico, ou algo do tipo)
Skyggen av en ukjent makt
Der den hylte mot sin gud i infernalsk prakt (Bokmål)
Espero ter sido claro e informativo o suficiente. Por hoje é tudo.
Obrigado pela atenção.
«Jeg forstår ikke – jeg er så rar...
... Si må jeg – må jeg?» (Bokmål)
Ulver – Wolf & Fear:
Skyggen aff een ukiend Mackt
Der dend hylede mod sin Gud i infernaldsk Prackt (original, em dinamarquês arcaico, ou algo do tipo)
Skyggen av en ukjent makt
Der den hylte mot sin gud i infernalsk prakt (Bokmål)
Espero ter sido claro e informativo o suficiente. Por hoje é tudo.
Obrigado pela atenção.
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